Viana do Castelo foi o destino escolhido para a visita cultural deste mês de fevereiro, que contrariamente ao que seria de esperar, nesta altura do ano, se apresentou soalheiro e ameno.
A visita, sempre acompanhada por competente guia, começou pelo Navio-Hospital Gil Eanes, construído em 1955, nos estaleiros da cidade, e que, durante várias décadas, apoiou a frota bacalhoeira portuguesa nos bancos da Terra Nova e da Gronelândia, agora convertido em Núcleo Museológico.
Seguiu-se um percurso pelas ruas e ruelas do Centro Histórico onde pudemos apreciar as belas fachadas armoriadas e os preciosos painéis de azulejos, os antigos Paços do Concelho, a quinhentista Casa e Igreja da Misericórdia e o monumental Chafariz da mesma época, que, durante vários séculos abasteceu de água a população vianense.
Depois de um reconfortante e bem servido almoço visitámos os Museus do Traje e Municipal. No primeiro, pudemos apreciar a riqueza etnográfica dos tradicionais trajes vianeses, as filigranas e as jóias tradicionais, os utensílios utilizados na confeção artesanal de peças de vestuário e a exposição da lã e do linho utilizados nos trajes do Alto Minho. No segundo, admirámos uma importante e valiosa coleção de antiga faiança portuguesa dos séculos XVII a XIX. Para além de um importante acervo de pintura, desenho e peças de arte sacra, possui uma bela coleção de mobiliário indo-português do século XVIII e azulejaria portuguesa e hispano-árabe.
A visita cultural terminou no monte de Santa Luzia, onde, com muita pena nossa, apenas pudemos apreciar o templo revivalista do Sagrado Coração de Jesus, no seu exterior. Apesar de não ser tarde, ainda não eram completadas as 18 horas, o templo já estava encerrado.
24 Fevereiro 2018
Virgília B. da Costa