Num bonito dia de outono trinta associados aderiram à visita ao Santuário de S. Bento da Porta Aberta que é considerado o segundo maior santuário português e atrai anualmente centenas de milhares de peregrinos. Depois de Fátima, lidera as estatísticas, mesmo não gozando de uma situação geográfica favorável, nem ser beneficiado por grandes vias de comunicação. Plantado no coração do Minho, é lugar preferencial de culto ao fundador dos beneditinos.
A Basílica que atualmente contemplamos é muito recente, o que poderá indiciar que a devoção a São Bento terá sofrido um incremento significativo nos finais do século XIX. No entanto, sabemos que no ano de 1758, já existiria devoção notória neste santuário. No claustro da cripta podemos observar, quatro extraordinárias estátuas, como: S. Bernardo de Claraval, Santa Escolástica, Santa Gertrudes e S. Gregório Magno. Na entrada da Cripta encontram-se duas estátuas em bronze de linhas sóbrias e despojadas de S. Rosendo e de S. Geraldo (Monge Beneditino e Arcebispo de Braga) da autoria do escultor António Pacheco.
Magníficos os dez painéis de azulejos, pintados por Querubim Lapa, mestre ceramista que era também pintor e escultor, que tão bem retratam episódios da vida de S. Bento. Proclamado como “Pai e Padroeiro da Europa” e Patriarca dos Monges do Ocidente, atrai milhares de peregrinos a cada santuário onde é venerado.
Após um retemperador almoço dirigimo-nos para o Santuário da Nossa Senhora da Abadia.
De acordo com José Viriato Capela, o Santuário da Nossa Senhora da Abadia é uma das mais antigas ermidas, não só da Província do Minho, mas ainda de todo o nosso Portugal. Este santuário, caracterizado pelos espaços verdes e pelos locais de culto e reflecção, tornam-no num lugar convidativo à interioridade e à oração. Ao entrar no recinto do santuário apreciamos um belo cruzeiro do século XVII e XVIII, visitamos o Museu e os aposentos onde peregrinos descansam e ainda um moinho muito bem recuperado movido pelas águas do rio Nava.
12 outubro 2019