Tudo aconteceu há 30 anos. Na praia da Madalena a 26 de Abril de 1988 naufragou o navio de transporte de automóveis “REIJIN”, resultando um morto, um tripulante desaparecido e os restantes salvos pelos nadadores do Instituto de Socorro a Náufragos e dos Bombeiros.
A ameaça de poluição das praias de Vila Nova de Gaia esteve sempre presente, pois o navio tinha também cerca de 300 toneladas de nafta, cuja remoção foi conseguida evitando-se um grande desastre ambiental.
Ao longo de muitas semanas, milhares de pessoas visitaram a praia para admirar o navio e na expectativa de obter uma relíquia para a posterioridade. Um dos visitantes foi o Mestre Abílio Guimarães, que religiosamente todos os dias com a sua prancheta, lápis e pincéis, desenhou, pintou, constituindo hoje os seus trabalhos uma memória importantíssima para nos alertar para a riqueza ambiental e cultural que são as praias de Vila Nova de Gaia e que um naufrágio pode destruir de forma irremediável ou por muitas dezenas de anos. Em boa hora a Associação Cultural Amigos de Gaia, associou-se e apoiou a iniciativa. Bem-haja Mestre Abílio Guimarães por contribuir com a sua pintura e em plena 4ª revolução industrial por alimentar o nosso conhecimento e alertar a nossa consciência. Muitos parabéns e êxito nesta exposição comemorativa dos 30 anos do naufrágio do navio “REIJIN”.
Salvador Almeida
27 de abril 2018