Foi com um Sábado com sol mas que não se dispensou de, lá mais para a tarde, ameaçar com aguaceiros (ameaças que chegou a concretizar mas sem grande convicção…) que nos dirigimos para a região de Marco de Canavezes, começando por Vila Boa de Quires. Em confortável autocarro para lá seguiu um grupo de 28 “Amigos de Gaia”, e recuou para tempos do Séc. XII para visitar o estilo românico, aqui evidenciado pela Igreja Matriz local, belíssimo Monumento Nacional que foi possível admirar quer por fora, quer por dentro. Seguiu-se o insólito: a imponente e belíssima fachada de um palácio do Séc. XVIII que afortuna (ou ausência dela, talvez) ditou que não passasse disso mesmo. E rematámos a manhã procurando visitar a Igreja Matriz de Santa Maria, de Sobretâmega, voltando ao românico, da qual, porém, apenas pudemos admirar o exterior. E tivemos ensejo de ver a beleza da paisagem que dali se desfruta e o belo cenário do Parque Fluvial a seus pés.
Após o almoço, que foi verdadeiramente excelente (então as “entradas” pareciam não mais acabar e se eram boas!) fomos para a cidade e, aqui, pudemos admirar o pequeno, mas nem por isso menos interessante, Museu Municipal Carmen Miranda, acolhidos gentilmente por um excelente “cicerone”. Prosseguimos para a Igreja de Santa Maria saída do “risco” do incontornável Arq. Siza Vieira, de meados do Séc. XX. De conceção moderna, pois, acerca dela nos foram dadas detalhadas explicações com uma perfeita coerência. Saltámos, a seguir para época bem mais recuada, indo visitar as ruínas da”Civitas” romana de Tongóbriga, impressionantes de extensão, que abrigam as maiores “termas” (melhor se diria “balneários”) romanas conhecidas no nosso País. Percorremos os três grandes núcleos visitáveis desta importantíssima exploração arqueológica, começando pela zona residencial, passando à parte das “termas” propriamente ditas, e terminando na zona sanitária, aliás tendo bem próximas as intrigantes “termas” pre-romanas. Apesar das dificuldades sentidas no que tangeu a gestão dos tempos, ainda se conseguiu fazer uma curta paragem final para compra de doces típicos da região, com destaque para as “fatias do Freixo”, das quais se esgotou quanto havia de oferta.
Sempre conduzidos pelas mãos seguras e com cativante solicitude do Sr. José de Lemos, o nosso motorista, chegámos todos a casa ainda a tempo de ver a derrota que a seleção portuguesa de futebol impôs à da Hungria, e com plena consciência de que tivemos um dia cultural de muito diversificada e enriquecedora temática.
25 de março 2017
Artur L. Cardoso