Após o prolongado “jejum” de programações presenciais devido à “covid-19”, foi com alegria que reatámos o habitual ritmo, vivo, de actividades, o que foi feito com a revisitação ao emblemático Palácio da Bolsa, ali na Praça do Infante. Passou da trintena o grupo de Associados que acedeu ao convite, ainda assim com a nota peculiar de cada um ter de “posar” em frente de certa maquineta medidora da temperatura corporal à entrada, num rastreio de eventual febre.
O Palácio monumental construído sobre o mesmo espaço que estivera ocupado pelo Convento de S. Francisco (estrutura da qual só veio a ser conservada a belíssima igreja) foi-nos explicado e mostrado pela guia Joana que foi de absoluto domínio quanto à história e a toda a riqueza da construção e do seu recheio, sem esquecer os admiráveis pormenores decorativos e do lavor “beneditino” do granito.
Foi, pois, bem esclarecidos através da sua palavra fácil e do seu saber que, começando pelo “Pátio das Nações”, fomos em crescendo até ao inimaginável esplendor do “Salão Árabe”, passando pelo Tribunal do Comércio, a Sala das Sessões e a das Recepções e as do serviço próprio da Associação Comercial, tudo com usança de exóticas madeiras finamente aplicadas ou com estuques laboriosamente pintados em sua imitação. E tudo o mais que era mister admirar e conhecer.
Na verdade, a Bolsa é verdadeiramente dos locais que nunca se acaba por conhecer em definitivo: de cada vez que se visita sempre existe algo em que se não tinha ainda atentado…
Artur Lopes Cardoso