Com um agradável dia de inverno, que, porém, não fez mossa no desenvolvimento do programa de antemão sabiamente delineado, rumámos em confortável autocarro para a histórica e bela cidade de Alcobaça com o volante entregue ao Sr. Hugo, um profissional de elevada categoria. Não fomos muitos: cerca de um quarteirão. E pena foi, pois que tivemos uma jornada cultural de assinalável qualidade.
O programa foi desenvolvido com uma pontualidade exemplar, sendo cumpridos todos os tempos previstos, graças à sábia colaboração do nosso amigo local, o Sr. José Manuel Patrício.
Começámos por visita ao belo Museu de Cerâmica Raul da Bernarda. Pequeno nas suas dimensões, revelou-se surpreendentemente rico no seu diversificado espólio evocativo dos tempos áureos do fabrico de peças cerâmicas decorativas de especial qualidade e de rutilante beleza.
E dali prosseguimos para o Museu Nacional do Vinho, algo de grandioso pela sua extensão e pela quantidade e variedade de bens todos ligados à atividade vitivinícola, no aproveitamento de instalações que foram da adega cooperativa, muito especialmente os seus fabulosos depósitos.
Qualquer das visitas feitas aos referidos Museus foi guiada e por quem sabe, o que muito as valorizou.
Após o almoço, muito bem servido, aliás, no Hotel de Santa Maria, ali mesmo ao lado da imponente Abadia, foi tempo de visitarmos com detalhe este extraordinário Monumento Nacional que constitui a maior Abadia Cisterciense do mundo.
Não tendo sido possível obter a colaboração de guia (resultado de sérias dissensões intestinas), procurou orientar a visita o autor deste breve apontamento que, conhecedor da referida dificuldade, diligenciara preparar-se na medida do possível. E foi com deslumbre que pudemos conhecer um pouco da história da presença dos “monges brancos” em Portugal e percorrer os vastos espaços da Abadia e admirar as funcionalidades de cada um.
Regressámos com segurança e com o sentimento de mais um enriquecedor dia cultural.
Artur L. Cardoso
28 de Janeiro de 2017